Palácios Reais de Abomei Índice História | Cultura | Arquitetura tradicional | Reconhecimento da UNESCO | Museu Histórico de Abomei | Galeria | Referências Nota | Ver também | Ligações externas | Menu de navegaçãoenfres7° 11' 8" N 1° 59' 17" ENome como inscrito na lista do Património Mundial.Região, segundo a classificação pela UNESCO.Royal Palaces of AbomeyEvaluation report on Royal Palaces of AbomeyRural-urban dynamics in francophone AfricaCredit, currencies, and culture: African financial institutions in historical perspective.Decision - 31COM 8C.3 - Update of the list of the World Heritage in danger - removal - Royal Palaces of Abomey, Río Plátano Biosphere Reserve, Kathmandu Valley, Everglades National ParkHistorical Museum of AbomeyHistory of the XwédaDahomeyArchitectureAfrican royal court art.CollectionsAbomey Historical Museumdesta versãoAbomey Historical MuseumThe Ouidah Museum of HistoryArquiteturaPalácios e

Patrimônio Mundial da UNESCO no BenimReino de Daomé


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Palácios Reais do Abomei *

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Património Mundial da UNESCO


Abomey-Königspalast3.jpg
O complexo real em Abomei.

País

 Benim

Tipo
Cultural

Critérios

(iii)(iv)

Referência
323 en fr es

Região**
África

Coordenadas

7° 11' 8" N 1° 59' 17" E

Histórico de inscrição

Inscrição
1985  (9ª sessão)

Ameaçado
1985-2007
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.

Os Palácios Reais do Abomei são um conjunto de 12 estruturas construídas em argila pelos povos Fon entre meados do século XVII e finais do século XIX, distribuídos por uma área de 40 hectares no centro da cidade de Abomei, no Benim, capital do antigo Reino do Daomé [1][2][3]. O reino foi fundado em 1625 pelo povo Fon que desenvolveu um poderoso império militar e comercial, que dominou o comércio de negros com traficantes europeus (a quem vendiam seus prisioneiros de guerra) Costa dos Escravos até o final do século XIX. No seu apogeu, os palácios podiam acomodar até 8.000 pessoas [4]. O palácio do rei incluía um prédio de dois andares conhecido como a "Casa Búzios" ou akuehue [5].


Um dos locais tradicionais mais famosos e historicamente mais significativos na África ocidental, os palácios constituem um dos sítios considerados pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade e também como Patrimônio Mundial em perigo, devido aos estragos provocados por um ciclone em 15 de março de 1984, quando o recinto real e museus, particularmente o "Pórtico do Rei Guezo", a "Sala Assins", o túmulo do rei e a "Sala das Joias" foram danificados. No entanto, com o apoio de vários organismos internacionais, o trabalho de restauro e renovação foi concluído. Baseada em avaliações posteriores e dos relatórios recebidos, a UNESCO decidiu remover o conjunto arquitetônico da Lista de Patrimônio Mundial em Perigo em julho de 2007 [6]. Desde 1993, 50 dos 56 baixos-relevos que decoravam as paredes do palácio do rei Glélé (1858-1889) (denominado agora Salle des Bijoux ou "Sala das Jóias") foram removidos e substituídos na estrutura reconstruída. Os baixos-relevos trazem um código iconográfico que expressa a história e o poder dos Fon.




Índice





  • 1 História


  • 2 Cultura


  • 3 Arquitetura tradicional

    • 3.1 Traçado


    • 3.2 Baixos-relevos



  • 4 Reconhecimento da UNESCO


  • 5 Museu Histórico de Abomei


  • 6 Galeria


  • 7 Referências


  • 8 Nota


  • 9 Ver também


  • 10 Ligações externas




História |




Estátua do rei Behanzin em Abomei.


Quando a UNESCO designou o complexo de Abomei como Patrimônio da Humanidade em 1985, registou que os opulentos palácios foram construídos pelos 12 reis que governaram o poderoso reino do Daomé entre 1695 e 1900, tornando aquele local isolado no centro cultural do império. Danhomè Houégbadja, terceiro rei do Daomé e fundador de Abomei, foi quem iniciou a construção dos palácios [7].


Segundo a lenda, a família real responsável pela construção dos 12 palácios era descendente da mítica princesa Aligbonon de Tado [8] e de uma pantera [9]. A história documentada, no entanto, remonta ao século XVII a dois de seus descendentes, os reis Ganyé Hessou e Dakodonou. Danhomè Houégbadja (1645-1685) foi o rei que estabeleceu a sede do reino no planalto de Abomei, definindo os alicerces legais para o funcionamento do reino, os cargos políticos e as regras de sucessão [9].


O rei Agadja (1708-1740) derrotou os reinos de Allada (1724) e Xwéda (1727) [10][11], resultando na morte de vários prisioneiros. Muitos sobreviventes foram vendidos como escravos em Gléwé (atual Ouidah). Estas guerras marcaram o início do predomínio do comércio de escravos no Daomé (que era realizado através do porto de Ouidah, capital de Savi) com os europeus [9][12].


No século XIX, porém, com o fortalecimento do movimento antiescravidão, o rei Ghézo (1818-1858) iniciou o desenvolvimento da agricultura no país, resultando em maior prosperidade econômica para o reino, com a exportação de produtos agrícolas como o milho e derivados de palma [9].


Em 1894, a França invadiu o Daomé. Inicialmente, os exércitos daomeanos venceram muitas batalhas (numa delas, o próprio comandante do exército francês foi morto), mas terminaram por sucumbir à superioridade das forças invasoras e o poderoso reino do Daomé tornou-se uma colônia francesa. Béhanzin, último rei independente do Daomé, ateou fogo a Abomey após ser derrotado pelas forças coloniais francesas, sendo deportado pouco depois para a Martinica. Seu sucessor, o rei Agoli-Agbo, governou até a sua deportação para o Gabão, em 1900. Em 1961, quando o atual Benim alcançou sua independência da França, o esplendor do Daomé ressurgiu com vigor [12].


Todos os eventos do reino foram registrados e acompanhados através de uma série de baixos-relevos de argila policromada [13].



Cultura |




Celebração de chefes Fon em Abomei (1908).





Ahosi, "Amazonas Veteranas do Rei Béhanzin" (1908).


Na cultura daomeana a intensa reverência aos reis, com grande significado religioso, estava profundamente arraigada. Cerimônias faziam parte da cultura, com o sacrifício humano como uma das práticas [12].



Arquitetura tradicional |



Traçado |


A cidade era circundada por uma muralha de lama com uma circunferência estimada em seis milhas (Encyclopaedia Britannica, 1911), atravessada por seis portões, e protegida por uma vala de 1,5 m de profundidade, preenchida com uma sebe densa de acácia espinhosa, a defesa usual das fortalezas africanas ocidentais. Dentro das paredes, estavam as vilas separadas por campos, por diversos palácios reais, por uma praça de mercado e por um campo grande que continha as choças. A espessura média das paredes, em torno de 45 cm, mantinha as temperaturas mais baixas no interior do palácio [14].


Cada palácio tinha um design diferenciado para atender aos caprichos dos reis. O Kpododji, atravessado pelo Honnouwa, formava o primeiro pátio interno do palácio, enquanto o segundo pátio interno, Jalalahènnou, era atravessado pelo Logodo. O Ajalala, um edifício único com vários tipos de aberturas, ficava no segundo pátio e as paredes continham decorações em baixo-relevo com imagens sugestivas. Os palácios de Glélé e Ghézo, que sobreviveram ao incêndio intencional de 1894 provocado por Béhanzin, foram restaurados e agora fazem parte do museu [14].


O material utilizado na construção consistiu em terra para as fundações, pisos e estruturas elevadas. O trabalho de marcenaria e carpintaria era feito com madeira de palmeira, bambu, Iroko e variedades de mogno. Os telhados eram feitos com palha e chapas de metal [14].



Baixos-relevos |


Os baixos-relevos funcionavam como livros de registro (na ausência de documentos escritos) para gravar os eventos significativos na evolução do império, relatando as vitórias militares, o poder de cada rei e os mitos, costumes e rituais do povo Fon. No entanto, em 1892, em desafio à ocupação francesa, o rei Béhanzin (1889-1894) ordenou que a cidade e os palácios fossem queimados. Providencialmente, a maioria dos monumentos sobreviveram ao incêndio, e muitos palácios já foram restaurados. Placas de cobre e latão adornavam as paredes [15].


Os baixos-relevos foram embutidos em paredes e pilares. Eles eram feitos de terra de cupinzeiros misturada com óleo de palma e tingidas com pigmentos vegetais e minerais. Eles representam um dos mais impressionantes destaques dos palácios, que estão agora em exposição no museu [14].


Muitos dos objetos expostos no museu, que faziam parte das cerimônias religiosas realizadas pelos reis no passado, são usados ​​até hoje pela família real do Daomé em seus ritos religiosos [16].



Reconhecimento da UNESCO |


Em reconhecimento à importância cultural única destes monumentos, a UNESCO inscreveu os palácios reais de Abomei, no âmbito da Lista de Patrimônio Mundial em 1985, sob o critério IV [1]. O local inscrito consiste em duas zonas, a saber: os palácios que compõem o zona principal e a zona do Palácio Akaba, na parte nor-noroeste do complexo; ambas as zonas estão incluídas entre aquelas com paredes parcialmente preservadas. A inscrição UNESCO afirma: "entre 1625 e 1900, doze reis sucederam um ao outro à frente do poderoso reino de Abomei Com a exceção do rei Akaba, que usou um local separado, cada um tinha seus palácios construídos contiguamente, mantendo o espaço e os materiais utilizados nos palácios anteriores. Os palácios reais de Abomei são a única lembrança deste reino desaparecido."[1][2]. Os palácios reais de Abomei foram retirados da lista de Patrimônio Mundial em Perigo em julho de 2007 [13].



Museu Histórico de Abomei |


O Museu Histórico de Abomei foi criado em 1943 pela administração colonial francesa, e ocupa um edifício construído sobre uma área de 2 hectares. Sua cobertura inclui todos os palácios dentro de uma área de 40 hectares, em especial os palácios dos reis e Ghézo Glélé. O museu tem 1.050 peças, a maioria pertenceu aos reis que governaram Danomé [16][17]. O museu abriga diversas exposições que representam a cultura do Reino do Daomé em sua totalidade. Algumas das exposições mais significativas são: os mantos reais bordados, tambores tradicionais e pinturas representando cerimônias e a guerra entre a França e o Daomé [12].



Galeria |



Referências



  1. abc Royal Palaces of Abomey UNESCO


  2. ab Evaluation report on Royal Palaces of Abomey UNESCO


  3. Swadling, Mark: Masterworks of man & nature: preserving our world heritage. Harper-MacRae (1992). ISBN 9780646053769


  4. Baker, Jonathan: Rural-urban dynamics in francophone Africa. Nordic Africa Institute (1997). p. 85. ISBN 9789171064011


  5. Stiansen, Endre; Guyer, Jane I.: Credit, currencies, and culture: African financial institutions in historical perspective. Nordic Africa Institute (1999). p. 30. ISBN 9789171064424


  6. Decision - 31COM 8C.3 - Update of the list of the World Heritage in danger - removal - Royal Palaces of Abomey, Río Plátano Biosphere Reserve, Kathmandu Valley, Everglades National Park UNESCO


  7. Piqué, Francesca; Rainer, Leslie H. Palace sculptures of Abomey: history told on walls. Getty Conservation Institute and the J. Paul Getty Museum (1999). p. 33. ISBN 9780892365692.


  8. Tado é uma vila situada no sudeste do Togo, próximo à fronteira com o Benim. Ganyé Hessou, primeiro dos 12 reis do antigo Daomé, teria nascido neste vilarejo.


  9. abcd Historical Museum of Abomey


  10. Ross, David. "Robert Norris, Agaja, and the Dahomean Conquest of Allada and Whydah". in History in Africa. 16 (1989), 311-324.


  11. History of the Xwéda The Ouidah Museum of History


  12. abcd Dahomey The Ouidah Museum of History


  13. ab Rainer, Leslie; Rivera, Angelyn Bass; Gandreau, David (14 June 2011). Terra 2008: The 10th International Conference on the Study and Conservation of Earthen Architectural Heritage. Getty Publications. p. 91. ISBN 9781606060438.


  14. abcd Architecture Historical Museum of Abomey


  15. Coquet, Michèle. African royal court art. University of Chicago Press. p. 70. ISBN 9780226115757.


  16. ab Collections Historical Museum of Abomey


  17. Abomey Historical Museum



Nota |


  • Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Royal Palaces of Abomey», especificamente desta versão.


Ver também |


  • História do Benim

  • Fons

  • Anexo:Lista de reis Daomé


Ligações externas |




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