Acordo de Taif Ver também | Menu de navegação
História do LíbanoGuerra Civil Libanesa
22 de Outubro1989TaifArábia Sauditaguerra civilLíbano1975Rafik Hariri2005anos 40sunitaxiita1990
Acordo de Taif é a designação comum para um documento de nome oficial Carta Nacional de Reconciliação aprovado a 22 de Outubro de 1989 na cidade de Taif, Arábia Saudita, cujo objectivo foi acabar com a guerra civil no Líbano, que se desenrolava desde 1975.
Em Setembro de 1989 sessenta e dois membros da Assembleia Nacional do Líbano (trinta e um cristãos e trinta e um muçulmanos) encontraram-se em Taif para debater um documento que visava a reconciliação nacional. Deste sessenta e dois membros, cinquenta e oito votaram a favor do documento final.
Rafik Hariri, ex-primeiro ministro libanês assassinado em 2005 participou na redação do documento, tendo também custeado a deslocação dos libaneses a Taif.
O acordo manteve a divisão de determinados cargos políticos entre membros das comunidade religiosas libaneses (uma tradição dos anos 40, que estabelece que o presidente do país deve ser um cristão maronita, o primeiro-ministro um muçulmano sunita e o porta-voz do parlamento um muçulmano xiita), tendo contudo reduzido o poder do presidente, transferindo poder executivo para o Conselho de Ministros, cuja composição deve ser repartida de forma igualitária entre cristãos e muçulmanos. O Acordo levou igualmente ao aumento no número de deputados na Assembleia Nacional, de noventa e nove para cento e vinte e oito (sendo que este número deveria ser dividido de forma igual entre cristãos e muçulmanos).
O Acordo previa o desarmamento dos grupos armados, o que não foi conseguido, dado que a resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada em Agosto de 2006 no contexto do conflito entre Israel e o Líbano, pediu o desarmamento das milícias.
O Acordo de Taif foi incorporado na Constituição do Líbano em 1990.
Ver também |
- História do Líbano
- Política do Líbano