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Heracliano

Usurpador do Império Romano do Ocidente
Reinado

412—413
Antecessor(a)

Honório
Sucessor(a)

Honório
Morte

7 de março de 413
 

Cartago

Heracliano[1] (em grego: Ἡρακλειανὸς; transl.: Herakleianòs; em latim: Heraclianus; m. Cartago, 7 de março de 413) foi governador provincial e um usurpador do Império Romano do Ocidente (412-413) contra o imperador Honório.




Índice





  • 1 Biografia

    • 1.1 Oposição a Prisco Átalo


    • 1.2 Golpe contra Honório



  • 2 Notas


  • 3 Referências


  • 4 Bibliografia

    • 4.1 Fontes primárias


    • 4.2 Fontes secundárias





Biografia |



Oposição a Prisco Átalo |





Síliqua com efígie de Prisco Átalo.


O primeiro ato conhecido de Heracliano foi o assassinato do poderoso mestre dos soldados (magister militum) Estilicão (22 de agosto de 408); por esta razão, o imperador Honório, que queria remover a influência do general, recompensou Heracliano com a nomeação para o posto de conde da África (Comes Africae), governador da importante província da África, no final de 408.[1]


De acordo com Paulo Orósio, Heracliano foi enviado para lá em 409; é também sabido que, no ano anterior, o governador da província foi um tal João, que foi assassinado pelos habitantes locais.[2] Por outro lado, Zósimo afirma que Heracliano foi o sucessor de Batanário, cunhado de Estilicão, condenado à morte por Honório.[3]


Em 409, Prisco Átalo rebelou-se contra Honório, cuja corte estava situada em Ravena, e tomou o poder em Roma com a ajuda do rei visigodo Alarico I.[4] Heracliano manteve sua fidelidade a Honório e apertou o controle sobre os portos africanos de onde partia a maior parte do fornecimento de grãos da cidade de Roma, causando fome ao povo romano.[5]


Átalo não enviou inicialmente um exército para a África para enfrentar Heracliano, pois qualquer força enviada para lá naquele momento estaria sob liderança visigótica; enganados por falsas profecias, ele enviou um representante, Constante, sozinho, contando com sua autoridade para depor Heracliano ou convencer os provinciais a se rebelar. No entanto, Constante foi morto,[6] e Heracliano enviou para Honório a enorme quantidade de dinheiro confiscada dos emissários que seria utilizada para subornar a população local;[7] Alarico quis enviar um exército para enfrentar Heracliano, a ser comandado por Drumas, um de seus homens; no entanto, Átalo se recusou e Alarico o depôs (410).[5] Alarico tinha a intenção de enviar um pequeno exército, composto por apenas 500 homens, uma indicação que Heracliano tinha uma força muito pequena ao seu dispor. Porém, é provável também que Heracliano tenha conseguido o apoio da população local ajudado por um édito de tolerância (temporário) emitido pelo imperador Honório em favor dos donatistas, um grupo cismático cristão muito popular na África.[nt 1]



Golpe contra Honório |




O imperador romano Honório, Jean-Paul Laurens, 1820.


Em 412, Heracliano foi designado para o consulado do seguinte, mas é muito provável que ele jamais tenha sido nomeado: confiante em seu próprio poder e instigado por Sabino,[8] seu genro, ele rebelou-se contra Honório e proclamou a si mesmo augusto. Seu primeiro ato foi interromper o abastecimento de grãos para a cidade de Roma, a mesma tática empregada com sucesso contra Prisco Átalo.[9] Em seguida, ele reuniu vários navios e tropas para invadir a Itália.[10] Honório proclamou Heracliano e seus partidários como inimigos de Estado e os condenou a morte com um édito emitido em Ravena em 7 de julho de 412.[11]


Em 413, Heracliano desembarcou na Itália a frente de um grande exército para enfrentar Honório, mas foi derrotado e morto. Há duas versões para sua morte: de acordo com algumas fontes, ele teria iniciado a marcha rumo a Roma, mas se apavorou depois da chegada do conde Marino, abandonando a campanha para voltar para Cartago, onde acabou condenado à morte em 7 de março.[8] A segunda versão propõe que Heracliano teria sido derrotado em Utrículo (Utriculum; talvez Orículo, na Úmbria, a meio caminho entre Roma e Ravena), em uma batalha que deixou 50 000 mortos, fugiu para Cartago em seguida e acabou condenado à morte por emissários enviados por Honório no templo da Memória.[12] Sabino, genro de Heracliano, fugiu para a corte em Constantinopla, mas foi enviado de volta e depois exilado.[13]


O nome de Heracliano não aparece nos Fasti consulares, a lista dos cônsules romanos, pois Honório provavelmente revogou a sua nomeação e deixou Lúcio como cônsul sem um par. Os atos de Heracliano foram revogados; seus bens - aproximadamente 907.2 kg de ouro e terras de mesmo valor - foram confiscados e entregues a Flávio Constâncio.[11]


São Jerônimo acusou Heracliano de maltratar aqueles que tinham fugido de Roma para Cartago na ocasião do golpe de Átalo (Heracliano prendeu as nobres Anícia Faltônia Proba, Anícia Juliana e Demétria, e libertou-as somente através de um rico resgate), e de ser um bêbado e corrupto.[14]


Notas



  1. Após a deposição de Átalo, Honório renovou a perseguição contra os donatistas, enviando a Heracliano um édito que anulava o anterior.



Referências



  1. ab Jones 1992, p. 539.


  2. Orósio século IV/V, p. 7:42:10.


  3. Zósimo século VI, p. 5:37:6.


  4. Bury 1889, p. 117.


  5. ab Bury 1889, p. 120.


  6. Bury 1889, p. 119.


  7. Zósimo século VI, p. 6:10:2.


  8. ab Orósio século IV/V, p. 7.29,42.


  9. Orósio século IV/V, p. 7:42:12.


  10. Bury 1889, p. 146.


  11. ab Jones 1992, p. 540.


  12. Hidátio século V, p. 51,56.


  13. Jones 1992, p. 968.


  14. Jerônimo de Estridão século IV/V, p. 130.7.



Bibliografia |



Fontes primárias |




  • Orósio, Paulo (século IV/V). Historiae adversum Paganos. [S.l.: s.n.] 


  • Zósimo (século VI). Historia Nova. [S.l.: s.n.] 


  • Hidátio (século V). Chronicon. [S.l.: s.n.] 


  • Jerônimo de Estridão (século IV/V). Epistulae. [S.l.: s.n.] 



Fontes secundárias |




  • Jones, Arnold Hugh Martin (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20159-4 


  • Bury, J. B. (1889). A History of the Later Roman Empire from Arcadius to Irene. [S.l.: s.n.] 







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