Ensaio (literatura) Índice Origens | Divisões | Ensaios modernos | Ensaístas famosos | Referências Menu de navegação«O Ensaio como Gênero Textual»Cópia arquivada em 10 de abril de 2016«O ensaio literário (do Latim exagiu[m] = ação de pensar)»Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2016«A inscrição do ensaio nos gêneros literários»Cópia arquivada (PDF) em 3 de dezembro de 2016«O ensaio como gênero textual»1808-7655Cópia arquivada (PDF) em 3 de dezembro de 2016

Ensaios


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Índice





  • 1 Origens


  • 2 Divisões


  • 3 Ensaios modernos

    • 3.1 Ensaios e a História.



  • 4 Ensaístas famosos


  • 5 Referências



Ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.) [1][2], sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.
[2]


O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, o filósofo espanhol José Ortega y Gasset o definiu como "a ciência sem prova explícita". [3]



Origens |


Surgidos no final do século XVI, ensaios são simples opiniões, pensamentos que não devem ser levados muito a sério. Foi isso que o escritor e filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592) idealizou [3][4] ao escrever seus essais (1580; Ensaios). [1][2] Ele queria dizer que aquilo eram tentativas, simples esboços literários (o termo francês deriva do verbo essayer, que significa "tentar"). Na Inglaterra, o filósofo Francis Bacon, primeiro grande ensaísta inglês, publicava essays (1597; Ensaios). Porém, o que Michel de Montaigne criaria, junto com Bacon [4], séculos mais tarde se tornaria um dos principais gêneros literários dos críticos e filósofos, além de influenciar radicalmente a história.



Divisões |


Originalmente, o ensaio se divide em formal ou discursivo e informal ou comum. No formal, os textos são objetivos, metódicos e estruturados, dirigidos mais a assuntos didáticos, críticas oficiais, etc... Já o informal é mais subjetivo e caprichoso em fantasia, o que o torna muito mais veiculável. Com essa característica, o ensaio comum explodiu na Europa do século XIX e primeira metade do século XX. O objetivo do ensaio é fazer algo comum, de fácil leitura, em que se possa fazer rápido, sem compromisso em dizer a verdade ou provar tal coisa, algo que possa ser discutido em casas de cafés, de intelectuais a cidadãos comuns. É por isso que o ensaio se tornou um gênero literário tão popular.



Ensaios modernos |


Depois de Montaigne e Bacon lançarem as bases do ensaio [4], ele ficou esquecido durante quase todo o século XVII, sendo que poucos foram os que dele lembraram. Em 1666, o filósofo empirista John Locke [4] publicou Essay Concerning Toleration (Ensaio sobre a tolerância). Mas o reformador do ensaio inglês foi o poeta Abraham Cowley, com "Several Discourses by Way of Essays" ("Vários discursos à maneira de ensaios") e "Of Myself" ("Sobre mim mesmo"), incluídos em Essays, só publicados em 1906.


Em princípios do século XVIII, o ensaio informal invadiu o jornalismo inglês, com Daniel Defoe. Estava aberto o caminho para a contribuição decisiva de Joseph Addison e Richard Steele, que levaram o gênero à perfeição estilística e a um êxito sem precedentes nas páginas dos periódicos The Tatler (1709-1711), The Spectator (1711-1714) e The Guardian (1713), que eles próprios fundaram e dirigiram, e em cujas páginas brilharam os poetas Alexander Pope (o único a produzir ensaios em verso) e John Gay. Addison e Steele influenciaram toda uma geração de mestres ingleses, ao longo dos séculos XVIII e XIX. Outro notável ensaísta inglês do século XVIII foi Samuel Johnson, que, praticamente sozinho, fundou e dirigiu as revistas The Rambler (1750-1752), Adventurer (1752) e The Idler (1759). Destacaram-se também Henry Fielding e Oliver Goldsmith, autor de Citizen of the World (1760; Cidadão do mundo).


Na França do século XVIII não havia muitos ensaístas, exceção feita a Montesquieu, em Essai sur le goût (1748; Ensaio sobre o gosto), e Voltaire, em Essai sur les moeurs et l'esprit des nations (1756; Ensaio sobre os costumes e o espírito das nações), os dois maiores expoentes. No século XIX, entre os grandes ensaístas franceses destacaram-se Hippolyte Taine, autor de Essais de critique et d'histoire (1858; Ensaios de crítica e história), e Charles Augustin Sainte-Beuve, com suas Causeries de lundi (1851-1862; Conversas de segunda-feira) e Nouveaux lundis (1863-1870; Novas segundas-feiras).


Na Inglaterra, o ensaísmo conservou suas virtudes durante todo o século XIX. Foram grandes ensaístas: Charles Lamb, William Hazlitt, Thomas Carlyle, Percy B. Shelley, Thomas Macaulay, William Thackeray, Walter Bagehot, John Ruskin e muitos outros. O século XIX assinalou também o aparecimento de bons ensaístas nos Estados Unidos, como Ralph Emerson, Henry David Thoreau, Washington Irving e James Lowell. Outros foram o italiano Francesco de Sanctis e Benedetto Croce, embora o melhor de Croce já pertencesse ao século XX. Em Portugal, o ensaísmo restringiu-se a Antero de Quental e Alexandre Herculano. Na Russia destaca-se Leo Tolstoy e Yevgeny Zamyatin.


No século XX destacaram-se os ingleses Gilbert Keith Chesterton, Aldous Huxley, Thomas Eliot e George Orwell; o austríaco Stefan Zweig e o alemão Thomas Mann; os espanhóis Miguel de Unamuno e José Ortega y Gasset; os franceses Remy de Gourmont, Paul Valéry, Albert Camus, Maurice Maeterlinck e Marguerite Yourcenar; os portugueses Eduardo Lourenço, António Sérgio, Jorge de Sena e José Régio; a russa Ayn Rand; e os brasileiros Sérgio Buarque de Hollanda, Nelson Rodrigues, Gilberto Freyre, Augusto Meyer, Alceu Amoroso Lima.



Ensaios e a História. |


Um campo no qual o termo "ensaio" não perdeu seu poder original de chocar é o da história.


Em meados do século XIX, não muito após Leopold von Ranke (1795-1886) proclamar o ideal da história profissional, a história objetiva baseada em documentos oficiais preservados em arquivos, Jacob Burckhardt publicou seu livro sobre "A Civilização do Renascimento na Itália". O subtítulo do livro era curto, mas expressivo: "Um Ensaio" ("ein Versuch", em alemão).


Ele deixou bem claras as razões para escolher esse subtítulo na introdução do livro, que começa com a frase: "Essa obra leva o título de mero ensaio no sentido estrito da palavra", e prossegue sustentando que "a cada olho, talvez, os contornos de uma dada civilização apresentam uma figura diversa" e que "os mesmos estudos que serviram a esse trabalho podem facilmente, em outras mãos (...), conduzir a conclusões essencialmente diversas".


Para muitos críticos, há inúmeras razões para Jacob descrever suas obras como ensaios. Uma delas é para que ele se afastasse da história profissional, criando suas próprias versões da história, e fugindo do rigor imposto pelos profissionais de ciências sociais. Deste modo, faria com que a história ganhasse mais flexibilidade e se abrissem novas possibilidades de interpretacão.



Ensaístas famosos |


  • Susan Sontag


  • Plutarco [4]


  • Aldous Huxley (1894-1963)


  • Ayn Rand (1905 - 1982)


  • Michel de Montaigne (1533-1592)


  • Voltaire (1697-1778)


  • Eduardo Lourenço (1923-)


  • Ralph Waldo Emerson (1803–1882)


  • Henry David Thoreau (1817–1862)


  • Leo Tolstoy (1828-1910)


  • George Bernard Shaw (1856-1950)


  • C.S. Lewis (1898–1963)

  • Elina Patanè


  • George Orwell (1903-1950)


  • Marguerite Yourcenar (1903–1987)

  • J.M. Coetzee

  • Stephen Jay Gould

  • Gilbert Keith Chesterton

  • Richard Dawkins


  • Mario Vargas Llosa (1936-)


  • José Saramago (1922 - 2010)


  • Yevgeny Zamyatin (1884 - 1937)


Referências



  1. ab «O Ensaio como Gênero Textual». TodaMatéria. Consultado em 3 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 10 de abril de 2016 


  2. abc Ricardo Sérgio, Alfredo Bosi e Massaud Moisés (14 de agosto de 2006). «O ensaio literário (do Latim exagiu[m] = ação de pensar)». Recanto das Letras. Consultado em 3 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2016 


  3. ab Lindinei Rocha Silva e Andrea Targino da Silva. «A inscrição do ensaio nos gêneros literários» (PDF). Universidade Iguaçu. Consultado em 3 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 3 de dezembro de 2016 


  4. abcde Prof. Dr. Jayme Paviani (Agosto de 2009). «O ensaio como gênero textual» (PDF). Universidade de Caxias do Sul. ISSN 1808-7655. Consultado em 3 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 3 de dezembro de 2016  Verifique data em: |data= (ajuda)








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