Língua iorubá Índice Classificações linguísticas | Iorubá como segunda língua | Ortografia e fonologia | Números | Influência no português brasileiro | Referências Bibliografia | Ligações externas | Menu de navegaçãoGooglenotíciaslivrosacadêmicoyorYoruba-English Bilingualism in Central Lagos – NigériaCurso Cultura Africana e Educação USPLa fiesta de Changó (Cuento afrocubano), por Rómulo LachatañeréVocabulario Lucumí, 2007Radio Abẹokuta, 2007Fundação Cultural Palmares, 2007«Antropologia e Linguística nos Estudos Afro-Brasileiros»E erudição afro-brasileira em arte e educaçãoDicionário ioruba (Versão inglesa)Classificação pelo Ethnologuee
Língua iorubá
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Iorubá (èdè Yorùbá) | ||
---|---|---|
Falado em: | Nigéria Benim Togo Serra Leoa Cuba (lucumi) | |
Total de falantes: | 28 milhões (2007) | |
Posição: | 49 | |
Família: | Nigero-congolesa Atlântico-congolesa Volta-congolesa Benue-congolesa Defóides Iorubóides Edekiris Iorubá | |
Escrita: | Alfabeto latino | |
Regulado por: | Sem regulador oficial | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | yo | |
ISO 639-2: | yor | |
ISO 639-3: | yor |
Iorubá ou ioruba (èdè Yorùbá),[1] por vezes referida como yorubá ou yoruba[2] é um idioma da família linguística nígero-congolesa falado secularmente pelos iorubás em diversos países ao sul do Saara, principalmente na Nigéria e por minorias em Benim, Togo e Serra Leoa, dentro de um contínuo cultural-linguístico composto por 22 milhões[3] a 30 milhões[4] de falantes. No continente americano, o iorubá é usado em ritos religiosos afro-brasileiros (onde é chamado de nagô) e afro-cubanos[5] (onde é conhecido também por lucumí).[6]
Índice
1 Classificações linguísticas
2 Iorubá como segunda língua
3 Ortografia e fonologia
3.1 Ortografia
3.2 Vogais e tons
3.3 Consoantes
4 Números
5 Influência no português brasileiro
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ligações externas
Classificações linguísticas |
O iorubá faz parte da subfamília linguística benue-congo, pertencente à família nígero-congolesa. No tocante à fonética, o iorubá é um idioma tonal, isto é, a frequência sonora na pronúncia das vogais serve de parâmetro para diferenciar dois fonemas. A ordem básica dos constituintes é Sujeito-Verbo-Objeto (SVO).
Iorubá como segunda língua |
O idioma oficial da Nigéria é o inglês. No entanto, muitas pessoas também falam outros idiomas, os principais deles sendo o igbo e o hauçá. O inglês funciona mais como língua franca no país, e possui características próprias bem distintas. Portanto, falantes de iorubá da Nigéria muitas vezes utilizam curtas expressões em inglês, intercaladamente, em suas conversações no idioma materno.[7] Praticantes de Santeria frequentemente têm conhecimento do iorubá através da variedade lucumi, com níveis de pureza e fluência diversificados.[6]
A maior parte das publicações e projetos online, como dicionários e gramáticas, visando a auxiliar as pessoas interessadas no aprendizado do idioma iorubá se encontram nas combinações linguísticas iorubá-inglês e iorubá-francês (e vice-versa). No entanto, existem vários projetos similares de português-iorubá, especialmente dicionários, sendo estes reconhecidos por instituições culturais nacionais renomadas, como a Fundação Cultural Palmares.[8] As referidas obras, por serem produzidas no Brasil, geralmente abordam este idioma africano dentro do contexto da experiência cultural-religiosa afro-brasileira.
Ortografia e fonologia |
Ortografia |
A | B | D | E | Ẹ | F | G | Gb | H | I | J | K | L | M | N | O | Ọ | P | R | S | S̩ | T | U | W | Y |
a | b | d | e | ẹ | f | g | gb | h | i | j | k | l | m | n | o | ọ | p | r | s | s̩ | t | u | w | y |
As letras c, q, v, x e z não são usadas.
Letras em que se utiliza o ponto embaixo: Ọ, Ẹ e S̩
S̩ (com ponto embaixo) tem o som de "x" ou "ch"
Ọ e Ẹ (com ponto embaixo) têm som aberto
Vogais e tons |
Iorubás |
Cultura |
Música |
Arte |
Língua |
Mitologia |
Calendário |
As vogais são sete: A, E, Ẹ, I, O, Ọ e U. Quando seguidas de N, terão som nasal, o que ocorrerá com Ẹ, I, Ọ E U.
| Orais | Nasais | ||
---|---|---|---|---|
Anteriores | Posteriores | Anteriores | Posteriores | |
Fechada | i | u | ĩ | ũ |
Semifechada | e | o | | |
Semiaberta | ɛ | ɔ | ɛ̃ | ɔ̃ |
Aberta | a | |
A acentuação é utilizada da seguinte forma:
o A é pronunciado com som aberto (agudo);
o E é pronunciado com som aberto (agudo);
o E é pronunciado com som fechado (grave);
o O é pronunciado com som aberto (agudo);
o O é pronunciado com som fechado (grave);
o U é pronunciado com som aberto (agudo);
o acento agudo é pronunciado em tom alto;
o acento grave é pronunciado em tom baixo;
a ausência de acentuação é pronunciada em tom médio;
o til significa a repetição da vogal (ã = aa, õ = oo);
o sublinhado sob uma vogal indica que seu som é aberto;
o sublinhado sob a consoante S indica o som de "ch".
Uma mesma palavra depende do tom para ser distinguida:
Ọkò = carro, espada
Ọko = marido
Ọkó = enxada
Consoantes |
| Labial | Alveolar | Pós-alveolar/ Palatal | Velar | Glotal | |
---|---|---|---|---|---|---|
simples | labial | |||||
Nasal | m | | ŋ ~ ŋ̍ | | | |
Oclusiva | b | t d | ɟ | k ɡ | k͡p ɡ͡b | |
Fricative | f | s | ʃ | | | h |
Aproximante | | l ~ n | j | | w | |
Rótica | | ɾ | | | | |
As plosivas surdas /t/ e /k/ são um pouco aspiradas. Em algumas variedades, /t/ e /d/ são dentais. A consoante <r> costuma ser pronunciada como /ɾ/, ou, em algumas variedades (como em Lagos), como /ɹ/.
Números |
|
Influência no português brasileiro |
O iorubá, que foi levado pelos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, legou muitas palavras ao português brasileiro, quase sempre termos referentes à culinária (angu, xinxim, acarajé, abará, vatapá etc.) ou a candomblé (Xangô, Iansã, Oxóssi, Oxum, Nanã, Oxalá, Iemanjá, Omolu, Ogum, Oxumarê, orixá, ialorixá, babalaô, babalorixá etc.).[9]
Referências
↑ Yoruba-English Bilingualism in Central Lagos – Nigéria
↑ Curso Cultura Africana e Educação USP
↑ Ethnologue 2005, Sachnine 1997
↑ Metzler Lexikon Sprache.
↑ La fiesta de Changó (Cuento afrocubano), por Rómulo Lachatañeré
↑ ab Vocabulario Lucumí, 2007
↑ Radio Abẹokuta, 2007
↑ Fundação Cultural Palmares, 2007
↑ CUNHA, A. G. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1982.
Bibliografia |
Castro, Yeda (1976). «Antropologia e Linguística nos Estudos Afro-Brasileiros» (PDF). Afro-Ásia (12). Salvador: UFBA. pp. 211–227. Consultado em 4 de abril de 2018
Portugal Filho, Gumercindo (2013). Guia Prático da Língua Yorùbá 2 ed. Rio de Janeiro: Madras. ISBN 9788537008751
Santos, Deoscóredes (1946). Yorubá Tal Qual se Fala. [S.l.: s.n.]
Ligações externas |
E erudição afro-brasileira em arte e educação (em português)
Dicionário ioruba (Versão inglesa) (em inglês)
Classificação pelo Ethnologue (em inglês)