Faiança egípcia Índice Introdução | Notas | Referências | Menu de navegaçãoFaiança egípciaexpandindo-o

FaiançaArte do Antigo Egito


cerâmicovítreaargilaolariafaiançaFaenzaAntigo EgiptoturquesaSinailapis lazuliAfeganistãopedras de talcoNacadaNovo ImpérioNilocobrepigmentosquartzovidrofrite








Wikitext.svg


Esta página ou seção precisa ser wikificada (desde dezembro de 2017).
Por favor ajude a formatar esta página de acordo com as diretrizes estabelecidas.



Estatueta de hipopótamo de faiança. Império Médio. Louvre.


Faiança egípcia é um material cerâmico não-argiloso, de superfície vítrea que lhe confere uma gama de cores vivas entre o azul e o verde. Não sendo composta por argila, nem sempre é classificada como olaria.[1] É designada por Faiança egípcia de modo a distingui-la da faiança esmaltada associada à cidade de Faenza no norte de Itália. A faiança egípcia, tanto a exportada do Egipto como a produzida noutros locais, é um fenómeno recorrente na antiguidade na Mesopotâmia, no Mediterrâneo e na Europa do norte em locais tão remotos como a Escócia.[2][3]




Índice





  • 1 Introdução

    • 1.1 Relação com a indústria de cobre egípcia


    • 1.2 Relação com a indústria de vidro egípcia



  • 2 Notas


  • 3 Referências




Introdução |




Faiança egípcia ushabti. Império Novo, XVIII dinastia, reino de Amenófis III, c. 1390-1352 a.C.. Possivelmente de Saqqara.


Os registos arqueológicos do Antigo Egipto mostram que as preferências de cores do esmalte variavam entre tonalidades azuis e verdes. Esmaltada nestas cores, a faiança era tida como um substituto de outros materiais como a turquesa, proveniente da península do Sinai, e lapis lazuli do Afeganistão.[2] Foram encontradas pedras de talco esmaltadas e missangas de faiança, em conjunto com estas pedras semi-preciosas, em monumentos tão antigos como os túmulos pré-dinásticos em Nacada, Badar, el-Amrah, Matmar, Harageh, Avadiyedh e El-Gerzeh.[4] A associação da faiança com a turquesa e lapis lazuli é ainda mais evidente no papiro funerário de Quennou, onde oferece o título de supervisor da criação de faiança, e no qual usa a palavra que, sem sentido rigoroso, se traduz por lapis lazuli, que por volta do Novo Império era já usada para se referir à faiança 'substituta'.[2] O simbolismo contido no esmalte azul poderia ser uma referência tanto ao Nilo, às águas do paraíso ou à morada dos Deuses, enquanto que o verde podia possivelmente evocar a imaginária da regeneração, renascimento ou vegetação.[5]



Relação com a indústria de cobre egípcia |


A descoberta da esmaltagem da faiança tem sido associada com a indústria do cobre: na produção de pigmentos encontram-se produtos derivados da corrosão de objectos de cobre com presença de chumbo.[6] Contudo, embora seja elevada a probabilidade de cristais esmaltados de quartzo terem surgido acidentalmente em vestígios de cobre em fornos metalúrgicos, as regiões em que estes processos têm origem não são coincidentes.[7]



Relação com a indústria de vidro egípcia |


Embora pareça que o vidro não terá sido produzido intencionalmente no Egipto antes da XVIII dinastia, é provável que a faiança, o frite e o vidro tenham sido produzidos ou nas proximidades ou dentro do mesmo complexo oficinal, vistos como avanço técnico dentro da mesma indústria.[8] Tal relação de proximidade é verificada na semelhança pronunciada das fórmulas de esmalte de faiança com as composições contemporâneas de vidro.[9] Apesar das diferenças pirotecnológicas entre vidro e faiança, sendo a última trabalhada a frio, provas arqueológicas sugerem que durante o Império Novo a produção de vidro e faiança era realizada mesma oficina.[2]



Notas |




  1. Alguns dicionários possuem definições de olaria que especificam o uso de argila. No entanto, é normalmente incluída em temas sobre cerâmica, e incluída em inventários de olaria, apesar das diferenças técnicas.


  2. abcd Nicholson and Peltenburg 2000.


  3. Stone and Thomas 1956. The Use and Distribution of Faience in the Ancient East and Prehistoric Europe, Proceedings of the Prehistoric Society, London 22, 37–84.–142.


  4. Nicholson 1998. Nicholson, P.T.1993. Egyptian faience and glass. Aylesbury: Shire- Egyptology.137–142.


  5. Friedman, F.D. (ed.). 1998. Gifts of the Nile-ancient Egyptian faience. London: Thames and Hudson. 177-194.137–142.


  6. Kaczamrcyz, A. and Hedges. R.E.M. 1983. Ancient Egyptian Faience. Warminster: Aris and Phillips.137–142.


  7. Petrie, W. M. F.1909. Memphis I, London: British School of Archeology in Egypt.137–142.


  8. Nicholson 1998. Nicholson, P.T.1993.


  9. Kaczamrcyz, A. and Hedges. R.E.M. 1983




Referências |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Faiança egípcia


  • Binns. 1932. An experiment in Egyptian blue glaze. Journal of the American Ceramic Society.

  • Boyce, A. 1989. Notes on the manufacture and use of faience rings at Amarna. In: Kemp, B.J. Amarna Reports V. London: Egypt Exploration Society. 160-168.

  • Brill, R.H. 1999. Chemical Analyses of Early Glasses: Volume 1 (tables) and Volume 2 (catalogue), Corning, NY: Corning Museum of Glass,

  • Dayton, J.E. Minerals, Metals, Glazing and Man. Edinburgh: Harrap Publishers. 1978.

  • Friedman, F.D. (ed.). 1998. Gifts of the Nile-ancient Egyptian faience. London: Thames and Hudson.

  • Lucas, A. and Harris, J. R., 1962, Ancient Egyptian materials and industries. London: Edward Arnold.

  • Kaczmarczyk, A. and Hedges. R.E.M. 1983. Ancient Egyptian Faience. Warminster: Aris and Phillips.

  • Kiefer, C. and Allibert, A. 2007. Pharanoic Blue Ceramics: the Process of Self-glazing. Archaeology 24, 107-117.

  • Kiefer, C. 1968. Les céramiques blues, pharanoiques et leur procédé révolutionnaire d'emaillage. Industrie Céramique. May 395-402.

  • Kühne, K. 1974 "Frühgeschichtliche Werkstoffe auf Silikatischer Basis", Das Altertum 20, 67-80

  • Nicholson, P.T.1993. Egyptian faience and glass. Aylesbury: Shire- Egyptology.

  • Nicholson, P.T. and Peltenburg, E. 2000. Egyptian faience. In: Nicholson, P.T. and Shaw, I. Ancient Egyptian Materials and Technology. Cambridge: Cambridge University Press, 177-194.

  • Noble, J. V. 1969. The technique of Egyptian faience. American Journal of Archaeology 73, 435-439.

  • Shortland, A.J. and Tite M.S. 2005. A technological study of Ptolemaic – early roman faience from Memphis, Egypt Archaeometry 47/1, 31–46.

  • Stone, J. F. S. and Thomas, L. C. 1956. The Use and Distribution of Faience in the Ancient East and Prehistoric Europe, Proceedings of the Prehistoric Society, London 22, 37–84.

  • Stocks, D.A.1997. Derivation of ancient Egyptian faience core and glaze materials. Antiquity 71/271, 179-182.

  • Petrie, W. M. F.1909. Memphis I, London: British School of Archeology in Egypt.

  • Tite, M.S. and Bimson, M. 1986. Faience: an investigation of the microstructures associated with the different methods of glazing, Archaeometry 28, 69–78.

  • Tite, M.S., Freestone I.C. and Bimson. M. 1983. Egyptian faience: an investigation of the methods of production, Archaeometry 25, 17–27.

  • Vandiver P.B. 1983. Egyptian faience technology, Appendix A. In: A. Kaczmarczyk and R.E.M. Hedges, Editors, Ancient Egyptian Faience,Warminster: Aris and Phillips, A1–A144.

  • Vandiver, P. and Kingery, W.D. 1987. Egyptian Faience: the first high-tech ceramic. In Kingery, W.D. ed., Ceramics and Civilisation 3, Columbus OH: American Ceramic Society, 19-34.

  • Verges, F.B. 1992. Bleus Egyptiennes. Paris: Louvain

  • Wulff, H. E., Wulff, H. S. and Koch, L., 1968. Egyptian faience - a possible survival in Iran. Archeology 21, 98-107.

  • Williamson, R.S.1942. The Saqqara Graph. Nature 150, 607-607.




Ícone de esboçoEste artigo sobre arte ou história da arte é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Popular posts from this blog

Are there any AGPL-style licences that require source code modifications to be public? Planned maintenance scheduled April 23, 2019 at 23:30 UTC (7:30pm US/Eastern) Announcing the arrival of Valued Associate #679: Cesar Manara Unicorn Meta Zoo #1: Why another podcast?Force derivative works to be publicAre there any GPL like licenses for Apple App Store?Do you violate the GPL if you provide source code that cannot be compiled?GPL - is it distribution to use libraries in an appliance loaned to customers?Distributing App for free which uses GPL'ed codeModifications of server software under GPL, with web/CLI interfaceDoes using an AGPLv3-licensed library prevent me from dual-licensing my own source code?Can I publish only select code under GPLv3 from a private project?Is there published precedent regarding the scope of covered work that uses AGPL software?If MIT licensed code links to GPL licensed code what should be the license of the resulting binary program?If I use a public API endpoint that has its source code licensed under AGPL in my app, do I need to disclose my source?

2013 GY136 Descoberta | Órbita | Referências Menu de navegação«List Of Centaurs and Scattered-Disk Objects»«List of Known Trans-Neptunian Objects»

Button changing it's text & action. Good or terrible? The 2019 Stack Overflow Developer Survey Results Are Inchanging text on user mouseoverShould certain functions be “hard to find” for powerusers to discover?Custom liking function - do I need user login?Using different checkbox style for different checkbox behaviorBest Practices: Save and Exit in Software UIInteraction with remote validated formMore efficient UI to progress the user through a complicated process?Designing a popup notice for a gameShould bulk-editing functions be hidden until a table row is selected, or is there a better solution?Is it bad practice to disable (replace) the context menu?