José Diogo de Mascarenhas Neto Biografia | Notas Ligações externas | Menu de navegaçãoGravura com o retrato de José Diogo de Mascarenhas Netoexpandindo-o
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José Diogo de Mascarenhas Neto (Silves, Alcantarilha, 18 de Fevereiro de 1752 — Lisboa, 1824/1826)[1] foi um magistrado, funcionário público, político e maçon português.
Biografia |
Nascido no seio de uma família aristocrática dos arredores de Silves, Bacharel em Leis pela Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra e seguiu a carreira da Magistratura.[1]
Foi iniciado na Maçonaria em data e em Loja, mais tarde afecta ao Grande Oriente Lusitano, que se ignoram, bem como o seu nome simbólico.[1]
Magistrado e Funcionário Público, desempenhou as funções de Juiz de Fora em Leiria, de Corregedor em Guimarães, de Juiz Desembargador da Casa da Suplicação, e exerceu as funções de Superintendente-Geral das Calçadas e Estradas (1791-1805), em cujas funções dirigiu a construção da primeira estrada entre Lisboa e o Porto e publicou um manual sobre a construção de estradas em Portugal, em muitos aspectos inovador para o seu tempo,[2] de primeiro administrador do serviço universal de correios português, cargo que exerceu com o título de Superintendente Geral dos Correios e Postas do Reino (1799-1805), e de Intendente do Papel-Selado.[1] Devem-se-lhe reformas importantes nos serviços postais e na identificação das ruas e casas da capital:[1] formou os serviços postais portugueses, sendo de sua iniciativa a colocação em Lisboa e outras localidades de tabuletas com os nomes de ruas e os números de polícia.[3] Foi sogro de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque.[4]
Foi Conselheiro-Vereador do Senado da Câmara de Lisboa.[1]
Foi Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa[1] e Sócio Correspondente da Sociedade do Museu de Paris.
Para além dos artigos que publicou nos Annaes, publicou também, como se disse, em 1790 a monografia Methodo para construir as estradas em Portugal.[5] e deixou publicados vários trabalhos sobre estradas, História e agricultura.[1]
Aderiu ao campo do liberalismo. Foi incluído em 1810 e perseguido na chamada Setembrizada de 10 e 11 de Setembro e preso. Foi preso e exilado pelas suas ideias liberais, mas foi amnistiado e autorizado a regressar a Portugal. Obteve permissão de ir para a Grã-Bretanha e Irlanda, onde conseguiu exilar-se em Londres, e de lá passou a França, onde conseguiu exilar-se em Paris. Aí se demorou até ao ano de 1821, em que foi amnistiado e foi autorizado a regressar a Portugal, pouco antes de o elegerem Deputado Substituto pelo Algarve às Cortes de 1822-1823.[3] No período de exílio em que permaneceu em Paris associou-se ao Dr. Francisco Solano Constâncio e a Cândido José Xavier, empreendendo conjuntamente como seus Fundadores a publicação dos Annaes das Sciencias, das Artes e das Letras.[1]
Notas
↑ abcdefghi António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume II. Coluna 1025-6
↑ Methodo para construir as estradas em Portugal, Lisboa, 1790 (há uma edição facsimile de 1970).
↑ ab "José Diogo Mascarenhas Neto: O Homem da Mudança", Códice, n.º 2 do ano VII (2005), série II. Lisboa, Fundação Portuguesa das Comunicações.
↑ Magda Pinheiro, Luis da Silva Mouzinho de Albuquerque. Um Intelectual na Revolução. Lisboa, Editora Quetzal, 1992.
↑ Methodo para construir as estradas em Portugal. Porto, Officina de António Alvares Ribeiro, 1790. 4.º de X-97 pag. com duas gravuras.
Ligações externas |
- Gravura com o retrato de José Diogo de Mascarenhas Neto