Canellaceae Índice Gêneros | Morfologia | Ocorrência | Filogenia | Referências Menu de navegação«An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III»10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x«Canellaceae — The Plant List»«Angiosperm Phylogeny Website»«Angiosperm families - Canellaceae Mart.»«Neotropical Canellaceae - Neotropikey from Kew»«Lista de Espécies da Flora do Brasil»ID43161CAEF101535538324402047146777126585-118126342442000009
Plantas medicinaisCanellaceaeFamílias botânicas
plantas com floresmagnoliídeasCanellalesWinteraceaearbóreasarbustosplantas medicinaiscanelaglabrasinflorescênciasracemosAntilhasFlóridaAmérica do SulÁfricaMadagáscar
Canellaceae | |||||||||||
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Canella winterana | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
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Canellaceae é uma família de plantas com flores, pertencente ao clado das magnoliídeas, ordem Canellales. Tem como grupo irmão a família Winteraceae.[2] É composta atualmente por 5 gêneros e 21 espécies aceitas.[3]
São plantas geralmente arbóreas de porte pequeno ou médio, ou as vezes arbustos. São fortemente aromáticas, de folhas persistentes, produtoras de óleos essenciais, com flores e frutos geralmente vermelhos.[4] Muitas espécies são usadas como plantas medicinais ou como substitutas da canela.
Índice
1 Gêneros
2 Morfologia
2.1 Hábito e caule
2.2 Folhas
2.3 Flores
2.4 Frutos
3 Ocorrência
4 Filogenia
5 Referências
Gêneros |
A família Canellaceae possui 5 gêneros reconhecidos atualmente,[3] são eles:
- Canella
- Cinnamodendron
- Cinnamosma
- Pleodendron
- Warburgia
Morfologia |
Algumas propriedades morfológicas comuns às Canellaceae são:
Hábito e caule |
Em Canellaceae, os indivíduos são geralmente árvores de pequeno ou médio porte, glabras, raramente arbustos. São altamente aromáticas, contendo óleos essenciais. Possuem câmbio de cortiça presente. Os tecidos vasculares primários se encontram em um cilindro, sem feixes separados. Não há floêma interno nem feixes corticais e medulares. O espessamento secundário é desenvolvido a partir de um anel de câmbio convencional.[5][6]
Folhas |
As folhas em Canellaceae são alternas, simples, espiraladas ou dispostas em arranjos. São persistentes, inteiras e com glândulas translucidas pontilhadas. Estípulas são ausentes e a nervação é pinada.[5][6]
Anatomia das folhas. Warburgia salutaris
Flores |
As flores em Canellaceae são geralmente vermelhas, encontradas solitárias ou agregadas em inflorescências, formando panículas ou racemos. Quando solitárias, são axilares. Quando agregadas, terminais ou axilares. São actinomorfas, geralmente trímeras, cíclicas ou parcialmente acíclicas (quando parcialmente acíclicas, o perianto é acíclico, ou seja, as pétalas). Hipanto ausente. Disco hipógino ausente. O perianto possui cálice e corola distintos, ou sequencialmente integrando de sépalas a pétalas (dependendo se os três membros externos espessos, coriáceos e persistentes são interpretados como sépalas ou brácteas). As pétalas são delgadas e as três (raramente 2) sépalas são grossas, coriáceas e imbricadas. Em Canellaceae, as flores são hermafroditas. O androceu é 6-12 (principalmente), ou 35-40 (em Cinnamosma). Há membros em que o androceu é livres do perianto. Estames 6-12 ou 35-40 (em Cinnamosma), sendo todos férteis. As anteras são bitecadas, com dois esporângios por teca, fixas no exterior do tubo estaminal, e sésseis. O gineceu é sincárpico, 2-6 carpelos, com pistilo unicelular. O ovário é súpero, unilocular. Apenas 1 estilete; apical, curto e grosso, e 1 estigma. 2-6 lóbulos. A placentação é parietal, sendo que os óvulos (6-100) ficam em cavidade única, horizontal ascendente, em uma linha simples ou dupla em cada placenta. São hemianátropo ou campilótropo, bitegumentados e crassinucelado. Núcleos polares com fusão antes da fertilização. Sinérgides em forma de pêra.[5][6]
Flores - Canella winterana
Frutos |
O fruto em Canellaceae geralmente é de cor avermelhada, possui o formato de baga, com cálice persistente. Sementes (2-100), são endospermicas e oleosas. O tegumento tem idioblastos oleosos. O endosperma é abundante e oleoso. O embrião é bem diferenciado; retos ou ligeiramente curvados, com 2 cotilédones. A micrópila em ziguezague.[5][6]
Frutos - Canella winterana
Ocorrência |
A família Canellaceae é nativa e amplamente distribuída de regiões tropicais, podendo ser encontrada nas Antilhas, Flórida, América do Sul tropical, no leste da África e em Madagáscar.[4]
No Brasil, a família Canellaceae não é endêmica. É encontrada na Mata Atlântica, tendo presença confirmada no Sul e Sudeste. Dos 5 gêneros descritos, apenas 1 gênero é encontrado em território nacional; Cinnamodendron. Deste, 4 espécies; Cinnamodendron axillare (Endl. ex Walp.), Cinnamodendron dinisii (Schwacke), Cinnamodendron occhionianum (F.Barros & J.Salazar) e Cinnamodendron sampaioanum (Occhioni).[7]
Filogenia |
A taxonomia das Canellaceae ainda é muito controversa. Alguns membros desta família foram primeiramente classificados como Winteraceae (Salazar & Nixon 2008). Canellaceae foi colocada na ordem Magnoliales por Cronquist (1981), e estudos recentes colocaram a família em Canellales, com Winteraceae (Judd et al., 1999, Soltis & Soltis, 2004, Stevens 2008).[6]
Referências
↑ Angiosperm Phylogeny Group (2009), «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III», Botanical Journal of the Linnean Society, 161 (2): 105–121, doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x, consultado em 10 de dezembro de 2010
↑ «APG IV. 2016». An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV
↑ ab «Canellaceae — The Plant List». www.theplantlist.org (em inglês). Consultado em 1 de fevereiro de 2017
↑ ab «Angiosperm Phylogeny Website». www.mobot.org. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
↑ abcd «Angiosperm families - Canellaceae Mart.». delta-intkey.com. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
↑ abcde «Neotropical Canellaceae - Neotropikey from Kew». www.kew.org. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
↑ «Lista de Espécies da Flora do Brasil». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 1 de fevereiro de 2017